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Contracultura: o desbunde que desafiou os militares e a esquerda ortodoxa

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Gal Costa, Os Mutantes, Jards Macalé, Gilberto Gil (com Torquato Neto), Novos Baianos, Caetano Veloso, Jorge Mautner, Luiz Melodia, Rogério Duprat, Sérgio Sampaio, Tom Zé e Walter Franco A música Sangue Latino é de 73. Os Secos e Molhados existiram de 71 a 74 em sua formação original. Os Dzi Croquettes de 1972 a 1976. O musical Hair foi encenado de 69 a 71. Andróginos e libertários. Em pleno período do regime de exceção. Foram filhos da contracultura que os militares não reprimiram com a contundência que reprimiram a esquerda ortodoxa, mesmo porque a consideravam meio alienada, visão compartilhada pela esquerda da época. Segundo consta, foi a esquerda da luta armada que apelidou os contraculturais no Brasil de desbundados . A contracultura no BR foi o desbunde.  E a geração que prevalece no país na década de 70 foi exatamente a do desbunde, a do "sexo, drogas e rock'n'roll", da "minha casa no campo, meus amigos, meus discos, meus livro

Feliz 2011: Lula não é mais presidente do Brasil (balanço do governo)!

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Nunca antes neste país se ouviu tanta mentira Com a chegada de 2011, encerra-se a primeira década do novo milênio e os oito anos do governo Lula, graças aos céus. Não mais teremos Lula transformando nossos ouvidos em latrina com suas besteiras, vigarices e fanfarronices. Provavelmente teremos dificuldade de entender o que diz Dilma Roussef (como se teve durante as eleições), mas o simples fato de não ser mais Lula a ocupar (pelo menos não oficialmente) o palácio do planalto, já é motivo para júbilo. Nas inevitáveis avaliações de seu governo, os analistas, com honrosas exceções, esmeraram-se em continuar a adulação desse grande vigarista (sim, este é de fato o retrato do rei nu) que é Luis Inácio Lula da Silva, vigarista que, por quase uma década, rebaixou o Brasil a seu nível. Jamais vi o país tão medíocre, tão corrupto e tão autoritário desde a época dos generais. Aliás, acho que os generais eram menos medíocres e menos corruptos, apesar de tantos pesares.

Sob as garras do petismo, a Petrobrás se tornou a empresa mais endividada do mundo

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Subordinada a objetivos políticos e pessoais do grupo instalado no Palácio do Planalto e às conveniências de seus companheiros e aliados, a Petrobrás perdeu o valor de mercado, caiu da 12.º posição do mundo há cinco anos para a 120.ª posição, segundo lista divulgada na internet pelo jornal Financial Times. Ganhou também destaque na imprensa internacional, em outubro, como a empresa mais endividada do mundo, de acordo com levantamento do Bank of America Merrill Lynch. Quanto ao risco de ser rebaixada pelas agências de avaliação de crédito e perder o grau de investimento, está longe de ser imaginário. Leitura obrigatória! A desmoralização e a sangria da Petrobrás ROLF KUNTZ Produzir petróleo, vejam só, é prioridade da Petrobrás, segundo garantiu a presidente da companhia, Graça Foster. Essa declaração, em linguagem típica de negócios, deve ter soado como heresia em relação aos padrões da gestão petista, famosa internacionalmente por seus projetos de baixa qualidade, pela falta de

Sobre o PT, uma coisa é certa: trata-se de uma agremiação autoritária e corrupta que quer se manter indefinidamente no poder

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O historiador Marco Antonio Villa busca classificar o PT e seu projeto de poder de forma mais objetiva, despindo-o da fantasia bolivariana tecida pelo discurso da boca pra fora dos integrantes da máfia da estrelinha. E esta correto em sua análise, no meu entender, mas peca por não considerar o impacto do blá-blá-blá petista junto à opinião pública brasileira. O discurso petista é, de fato, socialista bolivariano, como a gente jocosamente chama a esquerda fóssil latino-americana que se juntou no tal Foro de São Paulo para chegar ao poder pela via democrática. Embora, na prática, de fato, petistas estejam mais para neofascistas, pelo autoritarismo, com anseios totalitários, e a fusão estado aparelhado-empresariado (o grande capital), o discurso é todo ele da esquerda autoritária. Fora todas as ligações com o castrismo, chavismo, e os governos ditos bolivarianos. Por isso, fica fácil para o pessoal comprar a história do comunismo redivivo divulgado pela extrema-direita que, por s

Prisão dos mensaleiros refunda a República

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Marco Antonio Villa Texto do historiador Marco Antonio Villa que registra o sentimento de muitos brasileiros. Aguardamos o fim do do mensalão com a ida para a cadeia dos condenados. " No momento que os condenados ao regime fechado estiveram adentrando o presídio, a democracia brasileira vai estar obtendo umas das suas maiores vitórias." Pelo Estado de Direito no Brasil. Destaque: Estamos há mais de cem anos procurando homens públicos republicanos. Não é tarefa fácil. Euclides da Cunha, em 1909, numa carta ao seu cunhado, escreveu que “a atmosfera moral é magnífica para batráquios”. E continuou: “Não imaginas como andam propícios os tempos a todas as mediocridades. Estamos no período hilariante dos grandes homens-pulhas, dos Pachecos empavesados e dos Acácios triunfantes”. A confirmação das sentenças e o cumprimento das penas podem ser o começo do fim dos “homens-pulhas” e a abertura da política para aqueles que desejam servir ao Brasil. Iniciaremos a refundação da R

A desmoralização da política

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Compartilho integralmente da análise do historiador Marco Antonio Villa com quem, aliás, costumo concordar regularmente. Fui das que corri para as ruas a fim de protestar contra a ditadura militar, a fim de participar do comício das diretas reivindicando a tão sonhada democracia. E tive até esperanças de um país melhor quando Fernando Henrique Cardoso chegou ao poder e, pelo menos, estabilizou a economia nacional. Antes dele, o caos financeiro era total. Entretanto, suas mudanças no sentido de garantir um pouco de ética no trato da coisa pública foram muito tímidas. Não fez a tão imprescindível reforma política e ainda nos legou o estatuto da reeleição. Não que haja algo de errado em reeleições. Em países mais civilizados, ela também ocorre sem prejuízo da democracia. Mas o Brasil não é um país civilizado, a América Latina não é uma região civilizada. Sempre foi um território avesso à democracia real. Por aqui, qualquer chance e já aparece um novo caudilho, coronel, algum autoritário

Mulheres Samurais

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Tomoe Gozen A sociedade japonesa até os dias atuais têm uma forte hierarquia patriarcal, a história dos grandes feitos em todo mundo é sempre narrado na perspectiva masculina, por isso, não é muito comum ouvir falar de mulheres samurais. Porém, elas exerceram grande papel no período do Japão feudal e foram decisivas nas batalhas. Onna Bugeishas As mulheres samurais, chamadas de Onna Bugeishas, lutavam batalhas defensivas, protegendo castelos e vilas, porém, não era incomum encontrar mulheres na linha de frente, com honra ao lado de homens. Arqueólogos já encontraram em escavações, evidências de mulheres no campo de batalha. BATALHA DE SENBON MATSUBARU Testes de DNA em 105 corpos revelaram que 35 eram femininos. Em duas outras escavações, o resultado foi semelhante. As Onna Bugeisha, além de exímias guerreiras, eram educadas em ciências, matemática e literatura. O treinamento de armas das Onna Bugeishas chamava arte da Naginata, destinado para combates em locais abertos (ver vídeo abaix

Pintoras brasileiras esquecidas do século XIX

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'Canto do Rio', de Georgina Albuquerque (1926). Acervo Museu Antônio Parreiras Discriminadas por seus pares, Julieta de França, Georgina de Albuquerque e Abigail de Andrade têm suas obras revisitadas Anita Malfatti, Djanira, Tarsila do Amaral, Lygia Clark, Tomie Ohtake, Lygia Pape, Beatriz Milhazes, Abigail de Andrade, Adriana Varejão. Postas assim, lado a lado, parecem muitas as brasileiras que alcançaram fama internacional no mundo das artes plásticas. Mas, para cada uma das que furaram o teto de vidro imposto às mulheres nesta área, há um exército de outras que permaneceram invisíveis. Existe uma névoa que acoberta a lembrança de outras artistas anteriores a Tarsila e Anita Malfatti, como se antes das modernistas simplesmente não tivessem existido artistas do então denominado ‘sexo frágil’. Existiriam artistas mulheres no século XIX? Se sim, quem foram elas? E por que sabemos tão pouco sobre elas?”, escreve a pesquisadora e professora do Instituto de Estudos Brasileiros da U